O amor algumas vezes realmente é cego, mudo e sem tato.
Um jovem de 19 anos se apaixonou por uma mulher, ela engravidou e o casal
foi morar junto, em Cocal do Sul. Tudo como manda o figurino, isso se seis
meses depois ele não descobrisse que ela não poderia engravidar, não tinha
nem mesmo os órgãos sexuais femininos e, na verdade, era um travesti. Com a
revelação, na última quinta-feira, ele teve que ser hospitalizado.
O rapaz a conheceu em um bailão há cerca de seis meses e foi amor à primeira
vista. Os dois apaixonados mantiveram relações sexuais e, no fim da "festa",
se despediram. Um mês depois, a jovem bateu na porta da família do ficante e
pediu abrigo: ela estava grávida do jovem de 19 anos.
A sogra adorou a surpresa e prontamente aceitou a nora de braços abertos. O
futuro papai também ficou feliz com a novidade. A barriga começou a crescer
e os dois viveram alguns meses em perfeita harmonia, até que a relação
começou a passar por algumas crises amorosas.
Entre uma discussão e outra, a mulher apanhou e, acompanhada da sogra, foi
até a delegacia de Cocal do Sul para registrar um Boletim de Ocorrência, na
quinta-feira. No local, deu o nome de Bruna de Souza. Rapidamente, o sistema
informou erro, não havia ninguém com este nome. "Começamos a suspeitar de
algo errado. Mesmo apresentando uma gravidez aparente, pensamos se tratar de
alguém que havia fugido de casa ou que estivesse com mandado de prisão
aberto. Passamos
Policial Evandro Carlos Rodrigues.
Para a surpresa dos investigadores e mais ainda da família que abriu as
portas para a Bruna, a moça era um homem, está com 19 anos e é natural de
Gravatal. O susto foi tão grande que o companheiro teve que ser internado às
pressas no hospital do município: ele teve um mal súbito com a notícia de
que a mulher era marido.
O jovem não entendeu nada porque o casal mantinha relações sexuais e ele
não havia percebido que a moça tinha órgãos masculino. "O rapaz contou que
sempre que se relacionavam, ela apagava a luz e comandava as ações. Em todos
estes meses, ela não havia permitido que o companheiro tocasse as suas partes
íntimas e, por isso, ele não percebeu nada", explica o policial.
Já sobre a gravidez de Bruna, era apenas uma reação psicológica. Ela
creditava tanto que estava grávida, que o corpo passou a desenvolver a
barriga. "O travesti aparentemente era uma mulher, enganava bem e não tinha
os traços masculinos", acrescenta Evandro.
O caso foi encerrado e o casal, a princípio, iria se separar.
Fonte: Diário do Sul
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