terça-feira, 30 de junho de 2015

Eu me dei

Doei meu amor, meu tempo, meu carinho, meu desapego, a minha carne, pensamento, cheiro, toque, suspiro.
Entreguei de bandeja e fui combalida, chamada de Geni, meretriz, rameira.
Doei o que era meu, sem pedir mais ou menos tempo.
Dei o que não precisava pedir autorização.
Dei e fui taxada pelo simples fato de ser mulher, se tivesse nascido para receber a doação estaria agora sentindo os abraços e as felicitações de todos os amigos.
Doei o que era meu, de cabeça limpa, coração leve e nada de alma confusa. Foi no meu momento, com quem eu quis e dizendo sim.
Muito mais do que qualquer coisa, eu me doei pro mundo, para que ele fizesse o que quisesse de mim. Esse homem insano, que me leva pra lá e pra cá e me faz conhecer não só a mim mesma mais aos outros doadores malucos do mundo.
Doei tudo o que eu quis doar. Doei, pois eu quis. Doei, pra ser feliz e quem sabe um dia pode voltar.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Dancei sozinha e sorri sem muito esforço

Um zilhão de pessoas a sua volta, olhos fechados, música em todo o corpo que move-se como quer. O corpo pula quando pede, abre os olhos quando quer, mas está lá só sentindo a música. O resto é apenas resto e nada mais importa.
Não tive medo de olhares e me senti protegida. Naquele momento não precisei de ninguém segurando a minha mão.
Quanto você aprende sobre você quando está sozinha? Aprende que não tem tanta coragem caso não seja para causar emoção no grupo, se vê recatada, distraída, se vê feliz sem os olhares que dizem não julgar, mas julgam.
Você tem medo de ficar sozinho? Eu não tenho. Sozinha o riso é louco, o processo é no meu ritmo e as conquistas mais silenciosas.Não há olhares de aprovação ou não!
Sábado eu fui eu por eu no meio de gente bonita, feliz. Fui feliz sozinha e em grupo. No sábado eu fui feliz, muitoooooooo feliz. Fiz minhas escolhas e as escolhas que fiz, são só minhas!