terça-feira, 26 de março de 2013

Eu e a chuva

Amo chuva, digo isso sempre pra quem quiser ouvir! Não importa a quantidade, o local ou os transtornos, simplesmente amo chuva!

A água do céu parece vir para limpar qualquer pensamento negativo que eu tenha, limpa a alma e traz uma sensação mais leve.

Quando inclino a face sentir a brisa aconchegante ou o vento furioso, não penso em mais nada. Mas só nas pequenas gotas que tilintam na face e vão levando embora qualquer rusga de frustração.

Já passei nervoso com a chuva, muitas vezes, ela já atrapalhou festas, idas ao trabalho e me levou ao choro quando estava sozinha e sem a quem recorrer em busca de carona e atrasada.

Mas sempre que penso na chuva, penso com carinho, com sorrisos e na sensação de liberdade.

Quantas vezes não coloquei as mãos para fora do carro, ônibus ou casa só para sentir sua refrescância e a forma como as gotas batem na pele. Quantas vezes não foi o convite para a pedalada ou caminhada. Inúmeras.


terça-feira, 19 de março de 2013

Lugar

Fugir, sem olhar pra trás, esquecer pessoas, problemas, nomes, vidas, pensamento, ruas, esquinas, bancos de praça, apartamentos.
Era isso o que eu queria.
Me reinventar do zero, tirar a ferida ardida que nasce dos desentendimento, que nasce das decepções e que transborda com o medo de qualquer coisa que seja.
Vontade de estar sozinha esquecer o que é ouvir o som de uma voz e vagar na loucura do meu próprio pensamento.
Andar desnorteada em busca de um rumo, do auto descobrimento, do que eu sou.
Ter a certeza do que eu gosto de fazer! Se é andar para frente, trás, esquerda, direita ou em sentidos que ainda nem mesmo sei qual poderia ser e simplesmente inventá-los.
Mudar
Ser outra pessoa nesse universo onde ser apenas o razoável é o suficiente, mas ser só isso não é bom para mim.
Tenho uma agonia que vem de dentro, tenho vontades que não são só minhas.
Não preciso de afagos, não preciso de alguém fazendo comida, escolhendo o vinho, me esperando terminar o próximo parágrafo. Preciso de algo que ainda não tem sentido, não tem nome, não tem formas.
Algo que parece estar esperando por mim em alguma outra parte do mundo, que às vezes parece que eu não tive tempo ou vontade de procurar.
Onde está essa parte, o que é essa parte e o que ela representa. Por tanto tempo tive a certeza de que a tivesse encontrado, mas agora vejo que foi apenas uma brincadeira do oasis que me levou para um paraíso em ruínas, sem sonhos e apenas servidão.
Onde está o meu lugar, onde devo encontrar os meus sonhos, onde está meu porto seguro.
Olhei tanto para o mar, que ludibriada pelo vai e vem das ondas, me esqueci por um ou dois segundos quem eu era. Nome, sobrenome, carne, osso, respiração, tudo sumiu, me senti apenas uma onda que aproveitava das travessuras do vento.
Onde é o meu lugar, qual o meu objetivo, qual o meu propósito? Tantos questionamentos para uma pessoa só, mas sei que no interior todo mundo se faz a mesma pergunta.
Tem outros questionamentos também. Quando amamos ns questionamento se estamos nos doando para a pessoa certa e outras coisa!
Qualquer lugar é o lugar, qualquer reflexão é qualquer reflexão

quarta-feira, 13 de março de 2013

Nada a dizer


É difícil tentar não se encaixar na descrição que grita aos quatro ventos do mundo e não querer ser essa pessoa, mesmo sabendo a mim cabe apenas o papel de alguém que chegou, deixou sua marca ou talvez nem isso e se foi.
Quisera eu ler nas páginas da vida que um desses momentos fosse destinados a mim, talvez apenas um e talvez já me fosse suficiente!
A felicidade sempre está mais distante, nem mesmo quando acreditamos estar mais felizes assim verdadeiramente estamos. Sempre uma dúvida, sempre um caminho a percorrer. Deixei-me envolver pela felicidade, conheci do melhor ao pior de ser alguém para alguém. A angústia de tudo poder fazer e ao mesmo tempo nada.
Por incrível que pareça, as melhores lembranças de um relacionamento longo eram videogame e livro, revista, jornal ou sono! Mas agora são só lembranças.
Me joguei numa vida maluca só para esquecer, mas será que isso vale a pena novamente? Não vale comparar, não dá para comparar, mas será que é só assim que as coisas funcionam para mim?
Só eu sei das minhas qualidades e dos meus defeitos, talvez por acreditar que a minha vida pode ser lida pelos demais sem ter nenhuma atrocidade discrepante da vida quem está sozinho e acompanhado pelos companheiros de noitada. Me expus, mostrei o meu pior, um erro, assim se ausentou e sumiu do mapa. Doeu, mas ainda estou aqui, certo?
Como disse a minha irmã, amores e relações sérias posso ter um monte, mas como voltar aquele ritmo de pego e não apego se estou apegada.
Não volto aquele rumo para não trombar com a sua fala fácil pelo breu da noite, das festas e da bebida, a última vez foi sacrificante demais apesar do sorriso ficar mantido na minha face.
Nesse emaranhado de pensamentos que me corroem nesse momento e me tira a tranqüilidade e me tira da política...rs... o único deles mais publicável martela no meu discernimento para não meter os pés pelas mãos.

Do mestre e sábio Carlos Drummond Andrade, Quadrilha.

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história

sábado, 9 de março de 2013

novo brinquedo

 de repente me deu uma vontade súbita de compra um tablet para mim... Pensei, vi que poderia substituir tranquilamente no meu notebook. Dá uma dor no coração gastar uma grana num brinquedinho... Mas como o viado do Caio roubou a fonte do meu notebook, antigo pra caramba e cheio de tchutchs que estavam me deixando nervosa, resolvi fazer o investimento. A coragem só nasceu mesmo depois de fuçar no tablet do meu cunhado. Achei que de repente daria certo para o que eu estava precisando. Afinal o que mais faço com o computador é ficar escrevendo, no facebbok e ler no google reader. Depois que inventaram esse aplicativo de feeds de noticias vamos combinar que não precisamos de mais nada, bobo daquele que ainda não se rendeu ao aplicativo e ainda fica entrando site por site só para ver notícias ou qualquer besteira na internet. A única coisa que eu ainda não consegui confirmar é se vou conseguir plugar o meu HD externo nesse novo brinquedo. Só não o fiz por conta do calor infernal de Ribeirão Preto. Eu estava na rua com todas as coisas de clube no meu porta malas e pensei... Por quê não? Tavares suando como uma camélia dentro do meu carro, apelidado carinhosamente de Bianco.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Dia internacional da mulher


Amanhã é dia da internacional da mulher! Temos que agradecer as mulheres que através da história lutam para que possamos ter uma vida profissional e para que nosso intelecto seja levado em consideração.
Elas queimaram soutiens, morrem queimadas em fábricas ou foram assassinadas, por denunciar péssimas condições de trabalho e serem hostilizadas por pedir para que fossemos apitas a votar.
Conquistamos nosso espaço como figura representativa, de opinião forte e de que podem sim levantar as mangas e construir um futuro melhor para as nações sem sair do salto alto ou perder a feminilidade.
Hoje, graças a muitas mulheres que perderam a vida por seus ideais políticos, vemos mulheres em prefeituras, presidências, cargos máximos de organizações políticas e empresariais.
Sou grata a tudo o que conquistaram para que eu, nesse século, pudesse escolher ser pedreira, maquiadora, dona de casa, educadora, ou a função que exerço hoje de jornalista. Sei que por conta dessa luta, não precisarei apenas ter uma vida com as mulheres de outros séculos que tinham apenas que servir ao marido, a educação dos filhos, a casa, ao bordado, piano e outros tra lá lás que só tenho conhecimento graças aos filmes, literatura e história, sei que tenho escolha de ser o que quiser.
Sabemos que ainda há um grande caminho, já que a violência entre as mulheres ainda é um mal a ser combatido, mas estou aqui, dando a minha opinião e isso é um grande avanço...

8 de março, será um dia como outro qualquer, mas que merece pelo menos um pouco de reflexão e agradecimento por quem lutou e ainda luta para que possamos ter a "boa vida" que levamos em 2013

segunda-feira, 4 de março de 2013

Em quem acreditar?


As palavras quando jogadas ao vento tem força!

Desde que fiquei solteira tenho aprendido cada vez mais a força da palavra falada. Eu tenho o costume de falar demais, escrever demais, sem importar com o que os outros pensam, afinal, ninguém paga minhas contas. Sentada na Pão da Terra (padaria que amo em Araraquara) um amigo me instruiu, depois de dizer várias coisas que deveria ter guardado, a refletir antes de falar. (Esses homens, sempre com a sabedoria em mãos).
Outro defeito grave, que a Isabela vive falando, é que eu conheço as pessoas e já as transformo em amigos de infância, abro a minha vida, minhas fraquezas e essas pessoas aproveitam para sambar, literalmente, na minha cara.
Numa dessas me senti como um ventríloquo. Ainda não sei em quem acreditar, se toda a história que me foi contada foi verdadeira ou não. São muitas partes envolvidas! Não tenho opinião definida, mas o lado onde às peças teimam em não se encaixar é sempre o mais prejudicado.
Sempre desconfio de pessoas que tem histórias maldosas de outras mesmo sentido alguma afinidade, se falou mal de um pode muito bem falar de mim, por conta disso, a partir do momento que falou da pessoa que gosto e que não reconheci nas histórias a pessoa que julgo conhecer, a minha confiança inocente de pouco tempo de convivência foi quebrada.
Não importa qual é a verdade, se apronta ou não apronta, se flerta com Deus, mundo e me ignora. O que importa é a forma como as histórias são contadas. Eu pelo menos não consigo transmitir essas fofocas maldosas, é sempre muito delicado e fica aquela dúvida... Em quem acreditar?
Eu tenho um nome e um sobrenome a cuidar, não que isso ainda seja coisa importante para outras pessoas, mas para mim representa o que eu sou e o que venho construindo durante essa breve passagem. Eu espero que quando eu falar, as pessoas confiem em mim e não o contrário.