segunda-feira, 31 de março de 2014

Não sei o que será, só sei que não vou mais esperar!

Amar, esse sim é um sentimento maluco que supera o desejo, o medo e o desconforto! Ver os olhos de quem sofre de amor nos leva a refletir a tudo o que acontece e mensurar os desejo de uma vida encaixotados dentro do nosso ser.
Amar sem contato físico, olhar e entender o que o outro está sentindo, sorrir, chorar! Estar longe e ainda estar perto.
Vi esse final aquele olhar, de luto e de tristeza que não parecia ter fim! Me levou ao passado, me pôs a imaginar o outro lado dessa minha história que não me deixa em paz e nem seguir em frente! E se eu tivesse tido a mesma atitude dela de ligar, mandar sms´s, whats app, inbox no facebook com medo de perder aquele sentimento que foi esvaindo!
Sei que perderia muita coisa, mas perderia quem importa? Será que o elo fraco dessa história também não fui eu que não tive forças para admitir que não queria perder?
O orgulho foi maior, o medo das brigas constantes foi maior? A minha culpa comigo mesma foi maior?
Perguntas que vez ou outra circulam em volta da minha cabeça como um sinal de alerta!

O sonho é que ou aqueles olhos voltem para mim ou eu encontre olhos novos para me guiar! Não sei o que será, só sei que não vou mais esperar!

sexta-feira, 21 de março de 2014

O encontro com a morte

De tempos em tempos nos encontramos com a morte, seja em sonhos ou em devaneios. Devo dizer que andamos nos esbarrando muito nas duas esferas, principalmente numa forma unificada das duas situações.
Ontem fiquei imaginando naquele simulacro de vida a qual os espíritas se referem aos suicidas, que são obrigados a viver numa esfera de aprendizado tudo o que deveria ter experimentado durante a vida, preso em seu próprio ciclo como espectador do que seria seu destino.
Cheguei a me questionar dentro do meu próprio sonho onde teria dado fim a minha própria vida a fim de estar presa nesse simulacro. Vieram inúmeras situações em que isto poderia ter acontecido, mas três realmente me marcaram.
O primeiro quando o meu antigo relacionamento terminou, outro voltando de eventos alcoolizada e outro simplesmente por conta de um furo no pneu.
Me vi no sonho presa a tristeza de meus familiares e de alguns amigos, e, por conta disso não encontrava os caminhos para enfim traçar o meu novo eu. Me senti presa aquele momento e tenebrosa por de repente acordar percebendo ser aquela realidade onde meu ser se encontrava. Fiquei aflita ao imaginar que tudo o que acontece agora pudesse ser apenas uma sobra da minha vida.
Acordei com medo, sozinha da eloquência da divagação. Meu cérebro não parava de pensar, racionalizar e buscando encontrar verdades.
Por fim me lembrei de uma cena do filme Origem, cuja retórica é sonhos, e no qual o personagem do Leonardo de Caprio segurava um amuleto para lhe dar certeza de que estava na vida real. Não tive dúvidas, me levantei e na ponta dos pés parti para dividir cama com minha irmã mais velha.
Dormi feito criança segurando a ponta do lençol que envolvia o corpo dela e condensando o pensamento na respiração leve e tranquila dela. Assim me encontrei no mundo real. Tendo a certeza de que apesar de ter passado perto da morte algumas vezes por conta da minha falta de zelo por mim mesma, mas com a sensação de que nunca poderia tirar aquela tranquilidade das pessoas que amo.
A morte tem dessas coisas. Traz a reflexão do que realmente importa para a nossa vida. O ensinamento pode vir até mesmo por sonho, por devaneios. E me levou a me desculpar por qualquer medo, dúvida e frustração que fiz quem amo passar!
E assim eu vou aprendendo e mudando esse eterno rascunho que sou! Mas não nego! Tenho medo e muito medo desse que querendo ou não é destino de todos nós.

quinta-feira, 13 de março de 2014

O retorno de saturno e brisa do norte

Quando nos damos conta que nunca mais vamos esquecer e isso é absolutamente normal o peso das ideias de meses simplesmente saltam dos ombros e com a cabeça mais calma os sonhos são mais apaziguadores.
A pressão da sociedade em amar, as postagens nas redes sociais de encontrar o amor. Tudo isso já fazia pouco sentido, agora fazem menos ainda.
Os sentimentos aos poucos vão fazendo mais sentido. Aquela frustração de erros e mágoas vai minguando.
Pela frente apenas um universo a ser desbravado.
Essa alma leve e mais adocicada abre caminhos antes poucos desbravados, enaltecidos e esperados.
O retorno de saturno e brisa do norte que lentamente anunciam mudança têm trazido boas novidades, novos sorrisos e amores.
Nos amigos encontrei a fagulha que mais incentivou a deixar o meu inconstante e feroz animal interno mais dócil. Fez sorrisos quando tudo que queria era lágrimas e deu esquecimento a tortura da lembrança que me tiravam do centro, do foco e do caminho correto.
Errei mais do que acertei enquanto me dava conta, aprendi com cada queda, cada gole de bebida e a cada sorriso forçado.
Construí novos muros de proteção em volta do coração, destruí alguns tijolos e coloquei um ou dois tijolos novamente pelo caminho. Não considero mais forte, mais neutra nem nada. Me conheço, sei que me entrego de cabeça quando algo que valha a pena surgir. Esse novo pensamento reflete a mudança dentro do meu ser.
Tempos atrás nem isso iria me permitir ou assumir. Vivo nessa inconstância por ter me visto obrigada a viver assim. Sem ver luz no fim do túnel, sem ver amores em beijos desconhecidos. Aos poucos, vou me descobrindo novamente e tendo a certeza que ainda ei de encontrar que me ame, me suporte e segure a minha mão através dos desafios da vida nessa encarnação.