quarta-feira, 30 de abril de 2014

Acordar de um jeito bom

Dedinhos percorrendo insistentemente meu corpo exigindo o despertar. Ainda confabulando com o sono, brigava com a mente: "Me dê mais cinco minutos, pai."
No dia anterior havia brigado, brincando, que ele me abandonará por dois dias seguidos pela manhã. Por conta disso fui obrigada a tomar café da máquina na pressa inoportuna das manhãs. Ele rirá, como sempre faz quando o incomodo com minhas queixas infantis.
Hoje, tudo o que desejará era algum tempo a mais de sono. Depois de dias, voltei a dormir no meu quarto já que pesadelos me consumiam e o mais indicado era causar transtornos à Ariane, fazendo-a dividir a cama e o quarto comigo.
Mais cinco minutinhos, pensa, mas os dedinhos não parava. Na ponta da língua estava o famigerado "pai, já estou grandinha e sei dos meus compromissos, me deixe", no mau humor que tomava tentava invadir o despertar obrigado.
A ação foi interrompida por uma voz que não ouvia há tempos. "Não sabia que eu vinha pra cá?".
O coração entrou em turbilhão! O sorriso tomou conta da face e o despertar outrora obrigado acabou por ser cheio de emoção. Depois de algum tempo acordando com a Ariane, me vi sendo acordada pela Aline. A outra parte. De surpresa.
A alegria percorreu a alma e me acordou! Pulei da cama, beijei, abracei, ri, abracei de novo. Na eloquência da saudade. Se algum desconhecido visse a cena acharia que havia eternidade que não a via, mas foram apenas poucos dias afastadas.
A minha alma tem esse aspecto carente e saudades imediatas.
A minha birrinha infantil com o pai no dia anterior deve ter surtido efeito. Ou pode ter sido o efeito Aline, mesmo. Só sei que depois do afago e de apertá-la por alguns minutos os cheiros e sabores do café já invadiam a casa. Só faltava a nossa presença a mesa.
Com visita boa até a madame do sono, a Loirão, resolveu acordar. Antes também nos acomodamos na cama dela e perdemos algum tempo divagando sobre o cotidiano, o futuro e salpicando um pouco do passado.
Café tomado, abraços abraçados, foi hora de caminhar para a rotina. Mas com a sensação na alma que tive o prazer de acordar de um jeito bom.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Sai da minha cabeça, faz favor?

Eu fui pensando na brincadeira, afinal sempre é assim! A louca de pedra gosta de brincar de sentimentos e sensações. Percebi que estava surgindo um flerte, confirmado por uma conversa curta: "Meu amigo tem alguma chance com você", seguida de outra resposta curta: "Claro".
O que me atraiu foi a criatividade no papo, um ar intelectual arteiro que convivo muito bem. Meu irmão tem uma aure assim. E pessoas assim são divertidas, me fazem rir, pensar, me estimulam e me levam a sonhar.
Primeiro a ânsia do primeiro beijo, sai de perto da família, puxa no canto, duas ou três palavras que nunca lembrarei e o coração na boca, quase que querendo sair e ir para outro lugar. Talvez se esconder e ficar protegido.
Não sei explicar quando a química bate. Foi aquela sensação de estou me sentido bem, de línguas cruzando caminhos desconhecidos e se descobrindo. Uma explosão de sabores, sentimentos, vontade de quero mais e aquele pedido para Deus que a pressa do relógio desapressasse um pouquinho.
Coisa boba de se pensar durante um beijo com um desconhecido.
Mas a alma acalmou, difícil encontrar alguém que faça o meu tornado interno querer sossegar por um minuto e parar de destruir toda a paisagem em volta.
Mas a noite acabou, com a certeza de um novo beijo no dia seguinte, que emendou-se no mesmo mar de sensações. Primeiro sentindo o terreno, vendo se ainda era propriedade minha e depois deixando-me naufragar no mar de encantos que nem sei listar, mas sei que existem por lá.
Sei, parece coisa de menina. Mas eu sou uma menina. Com a diferença que eu tenho a loucura de tirar tudo da minha cabeça e escrever para ver se eu paro de pensar nisso.
Desde o começo foi tudo tão perfeito, poucas semanas de muita alegria, mas uma distância que parece ser o novo encalço da minha vida. Quais os motivos que os anjos não me deixam ver estrelinhas quando conheço alguém que more mais perto de mim? O que eu preciso aprender tentando conhecer uma pessoa que mora tão tão tão distante que deve morar no reino da  princesa Fiona e seu amado Shrek?
Não sei, a única coisa que sei é que vou morrendo de agonia a cada mensagem que não chega, de alegria a cada mensagem que chega e incertezas a cada tempo que passo.
Queria mesmo é aquela loucura que rege a mente feminina, que nem mesmo eu com cujos amigos dizem ter um certo que de masculino no pensamento consegue mudar. O desejo é só um de ficar perto daqueles cachinhos, dos óculos quadrados e dos olhos caídos até ver o que realmente pode dar. Louca, completamente maluca.
O meu eu masculino fica me gritando em alerta. "O maluca, desencana, volta pra night, volta pro fácil e esquece o difícil", enquanto o feminino grita do outro lado: "Não ouça, pule da ponte, aproveite cada momento, cada sentimento."
Nessa dualidade de pensamentos, fico no meio. Hora sonhando, hora lutando, hora sofrendo, hora querendo, hora desquerendo.
Mas chega uma hora que a única coisa que quero é que saia da minha cabeça, faz favor? No segundo seguinte, me recordo das alegrias tão boas e grito, volteeeeeeee!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Meus passos

Queria acompanhar seus passos
Apagar seus rastros
Me perder em você!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Com café e com afagos

"Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual"

A rotina pode ser massacrante ou fatigante, mas tem seus méritos de salpicar a alegrias. Ao acordar ainda sem forças de abrir os olhos, o primeiro despertar acontece ao ouvi-lo saindo da cama. O despertador que ainda teima em cantar aquela melodia de quem pediu quase em suplica dez ou 15 minutos a mais na cama.
Os olhos abrem, no celular a hora, 7h. Enquanto isso outros sons de despertar invadem a casa. Primeiro o chuveiro, minutos depois a cozinha começa a movimentar. Barulho de panelas, depois do fogo recebendo vida, a água na chaleira.
O levantar realmente acontece no primeiro cheiro do café. Um leve convite a sair da cama e sair do mundo de sonhos que a acompanhou durante a viagem noturna do descanso. Chuveiro. Agora é a sua vez.
Quando está pronta para levar o primeiro gole do líquido negro e despertador do café, já sente olhos alheios lhe instigando como será o seu dia. Sorri. Toca algumas palavras, olhares, não quer ir embora. A rua e a rotina a chamam.
Antes de partir uma gracinha. Lhe aperta as bochechas, cutucas os olhos e as entradas na sua teste provocada pelas falhar no cabelo.
Sorri e tem certeza de ter momento únicos só para ele e para ela! A consciência lhe dá a certeza. Quantos filhos, além de seus irmãos, têm essa sorte. De acompanhar a rotina de seu herói desde o despertar e ainda são agraciados com um café tão amoroso e cheio de afagos.
A sorte de poucos, com certeza



quinta-feira, 24 de abril de 2014

O tempo

A vida é um grande sei lá. Tenho as minhas dúvidas, os meus sonhos e os meus devaneios.
O tempo pde ser o grande aliado

Adeus

Deitada no sofá já se despedindo de momentos mágicos, querendo guardar cada segundo vivido dentro da mente, refletindo sobre tudo o que passou e os riscos que viverá ao se entregar daquele jeito e em tão poucos dias, não queria acreditar que poucos minutos subsequentes lhe separavam da realidade.
De tempos em tempos os olhares se cruzavam e o pensamento lhe consumia: "será que ele pensa a mesma coisa, acho que não?"
Na sua cabeça o pensamento era só um. Já viverá aquela expectativa de rever alguém que mora longe e depois de desenhar várias vezes os momentos posteriores de dias tão bons, nunca o reencontro era tão bom como os primeiros dias vividos. Apenas a loucura na sua cabeça era boa.
A memória de beijos salpicados entre uma conversa e outra ainda estava quente naquele momento enquanto deitada no sofá afagava-lhe as mãos. Tentava decorar seus traços enquanto o assistia divagar sobre o futuro, comentar um vídeo ou simplesmente rir de alguma coisa que os amigos lhe falavam.
Estava absorta em seus pensamentos terríveis de um adeus ou na falta de datas de um reencontro, enquanto assistia inerte toda aquela cena como espectadora do momento e nesse mesmo tempo se crucificando por escolhas que ainda seria obrigada a fazer e as quais ele sem saber a ajudará.
Foram poucos minutos deitada antes de entrar em um carro e tortuosamente remoer sobre a volta a rotina, sabendo que sofreria com a falta de seus beijos, do calor do seu corpo, e sabendo que a cada sms da operadora de celular lembraria dele.
Afinal, nos poucos dias juntos, poucas coisas ficaram de suspense para mensagens de saudades ou vontades que ainda não haviam sido concretizadas.
Levantar daquele aconchego foi extenuante. Sentiu que um pedaço de um sentimento, aquele que tanto podou para que não crescesse e invadisse a alma, ficará ali deitado para deixar parte sua ao seu lado.
No quarto, enquanto pegava o resto de suas coisas para a viagem de volta a surpresa de um bom um abraço e uma promessa: "Não se trata de um adeus, quero deixar claro!" Dentro de sua cabeça respondeu, "duvido"
Duvidará e continua duvidando. Apesar dos dias subsequentes terem sido regados de mensagens, sentia e sente que aos poucos tudo irá minguar. Insolentes os pensamentos que surrupiavam os toques no teclado que deveriam ser destinados a outros textos, mas que não paravam de lhe atormentar.
Mas ainda era atormentada pelo quanto daquele "não é adeus" deveria acreditar. Não ficaram datas, só ficaram sonhos e lembranças.
Depois destrinchando todos os momentos sabia que nada lhe havia prometido, a frase quero apenas a minha independência e outras pontuações que deixavam claros as vontades de falta de qualquer ato mais íntimos deixava apenas o óbvio. Aquele colo no sofá, o abraço surpresa dentro do quanto e o beijo antes de partir foram sim uma forma velada de dizer Adeus.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

maluquinha

Acordar e ver cachinhos amontoados do seu lado. Ouvir aquela respiração do sono sem fim. Ter vontade de tirar-lhe o sono só para envolver no meu abraço e sentir o sono saindo do corpo aos poucos e sem pressa.
Cutucar quando desejava o sono e eu o despertar. Sorrindo e sem a grosseria que podia acompanhar.
Futuro não sei, não quero saber.
Sabe quando passamos por dias tão gostosos e aconchegantes perto de uma pessoa que quando nos separamos a alegria teima em não sair da alma, parece estar costurado na alma como a sombra de Peter Pan foi costurado na sua sola pela meiga Wendy.
Tudo anda parecendo tão mágico, problemas antigos, novos parecem ter nenhuma importância assim que recebo a primeira mensagem do dia, a resposta dos emails inconsequentes.
Esse tipo de relacionamento que é o bom de ser ter na vida, aquele que te traz sorrisos, vontade de estar junto e pouca cobrança. Tá a incerteza incomoda, afinal o hoje pode estar gostoso, já que mesmo com a distância o intervalo do primeiro e segundo encontro foram de pouco mais de duas semanas.
Mas quem se importa com incertezas quando o que sente é uma alma levinha levinha?
Vim de uma fase difícil, de poucos sonhos, zero de mistérios, zero de perturbações de como seria o futuro se ficasse assim ou assado. Agora, está bem mais gostoso.
Graças aos cachinhos amontoados e os beijos silenciosos pela manhã ^^

terça-feira, 22 de abril de 2014

Balança

A dança das balanças é e pode ser uma coisa impressionante, migalhas podem fazê-la pender-se de um lado para o outro! Por hora é pesada tão demasiadamente que não consegue danças, não consegue fazer nada, só ficar em uma mesma posição.
Um certo óculos quadradinho cuja inteligência e um pouco de safadeza fizeram a minha balança ficar mais leve e voltar a dançar! Amo quando de tempos aparece alguém para me ludibriar, me mostrar outras faces, me rechear de sonhos e desejar a amar!

terça-feira, 15 de abril de 2014

dá muita vontade de você, o tempo todo!

A felicidade se esvai de uma ponta a outra do meu começo e do meu fim. Por conta de tanta felicidade a tristeza simplesmente perde o sentido, assim como as outras futilidades antes tão cultuadas.
O sorriso já não é mais tão vazio é cheio de coisa: esperanças e planos que havia matado durante a jornada sem fim de reconstrução do que me tornei.
Olhar para trás já não dói tanto mais, não faz falta. Não tem mais cheiro que remeta a insanidade dos atos.
O tempo todo vejo motivo para sorrir, me dedicar ao trabalho, aos conflitos internos de mim mesma. A ansiosidade foi direcionada para outros motivos, não mais para a balada vazia para o esquecimento dos problemas e fracasso.
Mensagens da operadora têm outro tom, outro sentimento, agora sempre dão raiva, acho que é outra coisa, outra pessoa, outro nome, outro motivo.
O duro é escolher por distância, amá-la, odiá-la. Fica o questionamento, seria a mesma coisa se ao invés de vários quilômetros, que parecem ser a distância percorrida para chegar a lua, fossem poucos outros. Seria essa a mesma sensação de que o coração está na garganta e que as pernas parecem não te compreender?
Na verdade isso tudo é uma grande interrogação.
Como sempre, nem tudo é certo. Apesar dos emails graciosos chegando, nunca sabemos qual o ponto de destino, mas mesmo quando sabemos ainda não entendemos qual será o destino dessa jornada.
Algumas vezes durante essa minha jornada chamada vida, algumas paradas acrescentaram, entre alegrias e tristezas, sonhos que foram semeados e não germinaram.
Já escrevi por aqui antes, aprendi a viver a vida de sentimentos em sentimentos. Passei pela tristeza, raiva, fúria, divertimento, sonhos, esperanças, desanimo, medo, ressentimento, platonismo. Acredito que agora vou cultivar esse sorriso. Dos primeiros acordes do celular para o despertar, até o fechar dos olhos de cansaço e dentro do pensamento confabulações de desejos que parecem não querer deixar o corpo e a mente, vou cultivando o sorriso.
Muita vontade de você, o tempo todo! Parece pouco, mas é uma pequena frase que foi capaz de mudar a minha áurea e esquecer um pouco de toda a tristeza que parecia estar enraizada até a última centelha de fragmento da minha alma.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Off-line por escolha

Não, não desejo fica off-line, sou a pessoa mais online que possa existir. Se meu whats app ficar fora do ar entro em desespero e não consigo funcionar se a aba do meu facebook e twitter não estiverem abertas e na minha vista.
Quando o contrário tromba na minha frente, é quase um mundo de fascínio, meio que chamada do Globo Repórter ou aquelas matérias especiais do Profissão Repórter! "Pessoas off-line, quem são, como são e aonde vivem?" Essa frase meio que vem imediatamente na minha cabeça.
Essa vida conectada, nos roubam sensações. Esperar um sms, um email, que vem junto naquela aflição gostosa dos questionamentos do será que vai responder e vai demorar quanto tempo.
Nesse pensamento maluco me peguei pensando em Donwton Abbey, aquela série britânica dos anos 20 ou se lá o que (eu assisti a série inteira e não sei, vergonha). Imagina como devia ser angustiante trocar cartas com uma pessoa e demorar dias para obter alguma resposta ou sinal de vida, ou pior, a dita cuja se perder pelo caminho.
Mas ando dando valor a essa espera, que anda aquecendo o coração. Saber quanto tempo mais vai me dar essa sensação, não sei. Mas sempre será muito interessante e vai tirando aquela coisa podre envolta do meu coração. Trazendo a esperança perdida de um pouco do romantismo de volta.
Sei lá, mulher devaneia nas coisas! Eu sou muito moleca, mas todas nós temos o pensamento lúdico quando alguma coisa mostra que talvez de certo.
A realidade vem chegando aos poucos, levantando os problemas, trazendo as frustrações e o sofrimento do que pode ou não ter sido!
Mas o simples fato de poder fechar os olhos, nesse mundo off-line, esquecer que as probabilidades são mais não do que sim, e sorrir. Isso nada mais paga!
Vou esperando as sms´s, quem sabe uma ligação, quem sabe um email, uma flor, um benção, uma visita e até mesmo uma lágrima quando o então sonho for apenas um sonho e só isso.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Um momento para congelar

Se você pudesse escolher um único momento para congelar. Qual seria ele? Aquele momento para ficar passando em looping durante toda a eternidade? Tem algum?
Tenho vários, mas provavelmente entre um dos momentos escolheria o último final de semana! Tenho me desprendido de coisas tristes. A mania de me agarrar a momentos infelizes do momento e tentar reviver algo que não existe mais é uma coisa permanente do meu ser. Esquecer para ser feliz. Um momento para congelar e deixar no replay como aquela música recém descoberta no youtube ou aquela mensagem que a gente teima em ler todos os dias para aumentar os sorrisos.
Eu sempre escolho pessoas que podem contribuir para meus sorrisos o mais longe possível, me parece que os entretenimentos na minha localidade não são tão bons o suficiente para contribuir com aquele sorriso matuto. Vai ver que o fácil de mais não causa a mesma impressão!
Sorriso, momentos para congelar, pessoas, nomes, frases, mensagens!
Eu congelaria todos os momentos, mas acho que congelaria o último final de semana também. O casamento da Andréia e do Márcio trouxe muito mais do que sorrisos, trouxe também mensaginhas gostosas de ler e reler de um ser inteligente e que aparentemente sabe escrever!