Infelizmente não nasci com o mesmo lirismo de alguns colegas pelo
qual nutro um sentimento de inveja saudável. Meu texto não é brilhante como o
de qualquer Veríssimo, aliás, até Paulo Coelho parece fascinante perto de
qualquer coisa que eu tente redigir.
Acontece que os
360 e poucos dias foram vividos por mim. Eu fiz os acertos, eu fiz as burradas
e eu que me debulhei em lágrimas rezando para que não só o calendário Maia
estivesse certo, como que ele fosse antecipado.
Não é novidade que
eu falo pelo cotovelo, dou margem para que os outros achem que sabem qualquer
coisa que se passe pela minha cabeça, mas devo dizer: essa casca que você vê as
coisas que eu falo no que você acredita. Pode ter certeza, não é a minha
real essência.
Eu me protegi de
mim mesma criando uma falsa Luiza, aquela que não liga para nada,
principalmente sobre o que você pensa aquela que tem medo de amar. Tudo isso é
uma proteção por causa de tudo o que o ano de 2012 representou para mim.
Você já perdeu um
amor. Um grande amor ao qual você dedicou sua alma. Pois bem, eu pedir. Lutei
por ele durante tanto tempo que acabei me esquecendo de quem eu era. Ainda
sinto falta desse amor, afinal ele será único mesmo que eu encontre um novo
amor, uma nova paixão.
Sorte que somos
como Fênix. Matamos um sentimento para ressurgir ainda mais forte e mais
bonito.
Fiz amigos
queridos, me reaproximei de alguns antigos. Conheci pessoas, colegas, amigos e
aqueles que eu quero levar para toda a minha eternidade no meu coração.
Ingeri álcool até
esquecer todos os problemas, fiz isso mesmo. Dancei a noite inteira, como se
ninguém estivesse a minha volta. De vestido de "nigth", como dizem no
Rio de Janeiro, dancei até o chão.
Encontrei amores
infantis, adolescentes, aqueles que talvez nunca saíssem do papel. Paixonites
incontáveis.
Chorei por conta
de um amor não correspondido no colo de amigos-irmãos.
Quebrei o pé, me
senti impotente por conta disso, chorei no colo da minha mãe sabendo que o pior
ainda estava por vir. Mesmo assim, no dia eu ri horrores e tenho três seres que
riram comigo até perder o fôlego.
Fui demitida... Na
semana que antecedeu a demissão meu anjo da guarda particular me alertou. Sofri
como sofri.
Durante uma semana
fiquei olhando o meu pequeno apartamento onde vivi durante quase dois anos. Relembrei
cada travessura, cada olhar apaixonado, os primeiros dias por lá, os domingos
de milho verde, o drama que nem Nelson Rodrigues ousou imaginar com direito a
assassinato de urso de pelúcia.Um caos, mas minha história!
Um dos momentos
mais marcantes foi quando reuni os queridos da Tribuna Impressa no meu bar
amado o Krakatoa para a primeira de uma série de despedidas. Alegria, alegria e
alegria. Será que eu tenho algum problema de ver a felicidade numa grande
tristeza.
Dois meses
procurando emprego, perturbando Deus e o mundo e arrumei um trabalho, em
Ribeirão Preto onde voltei a ser feliz.
Dezembro me trouxe
na lembrança certa reunião no Gauchopp, onde mesmo antes que o meu
relacionamento terminasse me vi sozinha, infeliz, mas sabendo que poderia
contar com o abraço de pessoas que certamente o tempo vai afastar de mim, mas
que me preencheram de uma certeza tão forte que acabou com as minhas dúvidas e
me ajudou a decidir. Aquele dia foi decisivo, mas mesmo assim eu lutei pra
caramba pelo relacionamento que eu acreditava.
Sei que 2013 será
um ano demais desafios, quem sabe um novo amor? Não sei ainda o que esperar
dele. Quero continuar crescendo, aprendendo, amando e principalmente fazer o
que acredito sem sofrer.
Obrigada 2012, por
cada dia, minuto, segundo. Por cada decisão certa ou errada que tomei. Pelos
arrependimentos, medos, delírios, bebedeiras, burradas, amores, amigos,
mudanças.
Não vou me
delongar mais, senão ninguém lê.
PS: Resoluções para 2013 fica para outro post
Nenhum comentário:
Postar um comentário