quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012


Infelizmente não nasci com o mesmo lirismo de alguns colegas pelo qual nutro um sentimento de inveja saudável. Meu texto não é brilhante como o de qualquer Veríssimo, aliás, até Paulo Coelho parece fascinante perto de qualquer coisa que eu tente redigir.
Acontece que os 360 e poucos dias foram vividos por mim. Eu fiz os acertos, eu fiz as burradas e eu que me debulhei em lágrimas rezando para que não só o calendário Maia estivesse certo, como que ele fosse antecipado.
Não é novidade que eu falo pelo cotovelo, dou margem para que os outros achem que sabem qualquer coisa que se passe pela minha cabeça, mas devo dizer: essa casca que você vê as coisas que eu falo no que você acredita. Pode ter certeza, não é a minha real essência.
Eu me protegi de mim mesma criando uma falsa Luiza, aquela que não liga para nada, principalmente sobre o que você pensa aquela que tem medo de amar. Tudo isso é uma proteção por causa de tudo o que o ano de 2012 representou para mim.
Você já perdeu um amor. Um grande amor ao qual você dedicou sua alma. Pois bem, eu pedir. Lutei por ele durante tanto tempo que acabei me esquecendo de quem eu era. Ainda sinto falta desse amor, afinal ele será único mesmo que eu encontre um novo amor, uma nova paixão.
Sorte que somos como Fênix. Matamos um sentimento para ressurgir ainda mais forte e mais bonito.
Fiz amigos queridos, me reaproximei de alguns antigos. Conheci pessoas, colegas, amigos e aqueles que eu quero levar para toda a minha eternidade no meu coração.
Ingeri álcool até esquecer todos os problemas, fiz isso mesmo. Dancei a noite inteira, como se ninguém estivesse a minha volta. De vestido de "nigth", como dizem no Rio de Janeiro, dancei até o chão.
Encontrei amores infantis, adolescentes, aqueles que talvez nunca saíssem do papel. Paixonites incontáveis.
Chorei por conta de um amor não correspondido no colo de amigos-irmãos.
Quebrei o pé, me senti impotente por conta disso, chorei no colo da minha mãe sabendo que o pior ainda estava por vir. Mesmo assim, no dia eu ri horrores e tenho três seres que riram comigo até perder o fôlego.
Fui demitida... Na semana que antecedeu a demissão meu anjo da guarda particular me alertou. Sofri como sofri.
Durante uma semana fiquei olhando o meu pequeno apartamento onde vivi durante quase dois anos. Relembrei cada travessura, cada olhar apaixonado, os primeiros dias por lá, os domingos de milho verde, o drama que nem Nelson Rodrigues ousou imaginar com direito a assassinato de urso de pelúcia.Um caos, mas minha história!
Um dos momentos mais marcantes foi quando reuni os queridos da Tribuna Impressa no meu bar amado o Krakatoa para a primeira de uma série de despedidas. Alegria, alegria e alegria. Será que eu tenho algum problema de ver a felicidade numa grande tristeza.
Dois meses procurando emprego, perturbando Deus e o mundo e arrumei um trabalho, em Ribeirão Preto onde voltei a ser feliz.
Dezembro me trouxe na lembrança certa reunião no Gauchopp, onde mesmo antes que o meu relacionamento terminasse me vi sozinha, infeliz, mas sabendo que poderia contar com o abraço de pessoas que certamente o tempo vai afastar de mim, mas que me preencheram de uma certeza tão forte que acabou com as minhas dúvidas e me ajudou a decidir. Aquele dia foi decisivo, mas mesmo assim eu lutei pra caramba pelo relacionamento que eu acreditava.
Sei que 2013 será um ano demais desafios, quem sabe um novo amor? Não sei ainda o que esperar dele. Quero continuar crescendo, aprendendo, amando e principalmente fazer o que acredito sem sofrer.
Obrigada 2012, por cada dia, minuto, segundo. Por cada decisão certa ou errada que tomei. Pelos arrependimentos, medos, delírios, bebedeiras, burradas, amores, amigos, mudanças.
Não vou me delongar mais, senão ninguém lê.

PS: Resoluções para 2013 fica para outro post

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