quarta-feira, 13 de março de 2013

Nada a dizer


É difícil tentar não se encaixar na descrição que grita aos quatro ventos do mundo e não querer ser essa pessoa, mesmo sabendo a mim cabe apenas o papel de alguém que chegou, deixou sua marca ou talvez nem isso e se foi.
Quisera eu ler nas páginas da vida que um desses momentos fosse destinados a mim, talvez apenas um e talvez já me fosse suficiente!
A felicidade sempre está mais distante, nem mesmo quando acreditamos estar mais felizes assim verdadeiramente estamos. Sempre uma dúvida, sempre um caminho a percorrer. Deixei-me envolver pela felicidade, conheci do melhor ao pior de ser alguém para alguém. A angústia de tudo poder fazer e ao mesmo tempo nada.
Por incrível que pareça, as melhores lembranças de um relacionamento longo eram videogame e livro, revista, jornal ou sono! Mas agora são só lembranças.
Me joguei numa vida maluca só para esquecer, mas será que isso vale a pena novamente? Não vale comparar, não dá para comparar, mas será que é só assim que as coisas funcionam para mim?
Só eu sei das minhas qualidades e dos meus defeitos, talvez por acreditar que a minha vida pode ser lida pelos demais sem ter nenhuma atrocidade discrepante da vida quem está sozinho e acompanhado pelos companheiros de noitada. Me expus, mostrei o meu pior, um erro, assim se ausentou e sumiu do mapa. Doeu, mas ainda estou aqui, certo?
Como disse a minha irmã, amores e relações sérias posso ter um monte, mas como voltar aquele ritmo de pego e não apego se estou apegada.
Não volto aquele rumo para não trombar com a sua fala fácil pelo breu da noite, das festas e da bebida, a última vez foi sacrificante demais apesar do sorriso ficar mantido na minha face.
Nesse emaranhado de pensamentos que me corroem nesse momento e me tira a tranqüilidade e me tira da política...rs... o único deles mais publicável martela no meu discernimento para não meter os pés pelas mãos.

Do mestre e sábio Carlos Drummond Andrade, Quadrilha.

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história

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