quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Quando erro

Tenho a pressa dentro de mim que me move e me deixa impaciente. Essa estranha mania do imediatismo me causa problemas pessoas e profissionais. Afinal, quantas vezes não fiquei impaciente com um ligação rapidamente atendida, quantas horas de ódio por conta de uma resposta por email que não chega?
Costumo brinca que nasci de cinco meses, que esse imediatismo nasceu comigo e o furação da minha pressa para chegar a conclusão de tudo me trouxe prejuízos.
Nessa caminhada que se chama vida, já abandonei alguns vícios como me estressar por coisas que não deram certo ou que não saíram das formas como me programei. Entretanto, ainda não me libertei dessa famigerada pressa.
A pressa está quando não tenho paciência de reler calmamente um texto, analisar previamente a grafia e a execução das palavras em busca de concordâncias ou erros de digitação que ocorrem simplesmente pela mania de digitar não olhando para o teclado nem para o monitor e deixando a imaginação afogar pela grande tela da janela ao lado ou a movimentação de um ou outro colega.
Não sei de onde nasceu isso. Talvez da escola, quando sem motivação anotava os ensinamentos dos professores sem prestar atenção e sem olhar no caderno me perdendo no vazio do nada em branco dentro dentro do meu ser.
Seria esse um distúrbio só meu que eu criei? Não sei!
A única coisa que tenho certeza é que qualquer coisa parece ser mais interessante ao invés do que estou fazendo! Se estou lendo as folhas são mais interessantes, se estou olhando as folhas a leitura parece mais interessante.
E assim vou suprindo essa minha necessidade intermitente de afundar nas tarefas que crio para conseguir fazer que meu cérebro tente prestar atenção em várias coisas para poder ao menos desempenhar uma.
Isso está suscetível ao erro, admito. Mas quem não erra não aprende. Quem sabe errar admite o erro, abaixa a cabeça e segue para a próxima fase trabalhando a concentração, inexistente, para desempenhar uma ou múltiplas funções.

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