segunda-feira, 9 de junho de 2014

Para a Ariane

O último reflexo das minhas queixas infantis. Meus momentos mais sutis. Meus medos compartilhados nas madrugadas. No peito um medo quase incompreensível que chega a me deixar catatônica em alguns momentos.
Não, não vai ser para sempre. Quando a saudade apertar o telefone estará lá à disposição a qualquer emergência. Eu tenho muito medo das mudanças. Confesso sou displicente em cuidar de família. Relapsa em comunicar minhas noitadas, os horários dos meus retornos e dos meus problemas mais simples como colocar minhas roupas para lavar. Mas sempre tive vocês para me alertar desse pequeno grande problema.
Mas querendo ou não, mesmo quando eu me vi a apenas 90 kms de distância era fácil me ver envolta das minhas irmãs para me repreender ou consolar.
Agora a situação é diferente. Você quem está de partida e como disse seria muito egoísmo tratar uma coisa tão boa como uma tragédia grega, romana, alienígena, sei lá mais quais formas. Mas sou assim. Não dou valor ao que está perto, mas sim quando está longe, fazer o que. Questão de personalidade com gosto duvidoso.
Amo-lhe e quero seu bem. Seu sucesso percorrerá os trópicos e eu terei prazer em reportar cada conquista sua para qualquer estranho ou conhecido caminhando distraidamente ao meu lado.
Difícil, mas confesso que sentirei sua falta. Do afago e das broncas. Das brigas e dos muitos momentos compartilhados. O sucesso está a sua porta e ele não costuma tocar a campainha duas vezes. Então abra a porta imediatamente.

Que a distância nos fortaleça aumentando a cada dia o amor que eu sinto por você e me deixe um pouco mais presente de certa forma.
Mesmo prometendo não dar uma de drama queen vejo meu coração com um um mix de orgulho, tristeza e na cabeça estou fazendo as contas para a próxima viagem para lhe visitar e planos para gandaiar na sua próxima city!

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