sexta-feira, 3 de maio de 2013

Maluquinha

Tem gente que só conhece metade de mim... mas posso contar nos dedos quem verdadeiramente me conhece e são seis pessoas e uma não faz mais parte da minha vida.
A parte que todo mundo conhece é a Luiza da farra, que administra tempo e dinheiro para conseguir se divertir e esquecer os problemas, as dores do  mundo, as frustrações profissionais e pessoais.
Eu tenho essa parte louca que tem histórias engraçadas, que faz malabarismo com paqueras. Muitos criticam, outros querem a minha coragem e um pouco da minha liberdade.
Sei que tem gente que tem inveja, outras pena e outras rezam para ver se o tal do juízo entra na minha cabeça.
Estou aproveitando para viver o momento, curtir uma fase que será só minha. Aprender que amores vem e vão e que mesmo que a gente sofra, temos que voltar a seguir em frente, não dá para voltar para trás, refazer condutas, trocar opinião e viver sonhos que morreram por conta dos atos.
A vida é uma só! E a parte maluquinha é só uma faceta da forma que escrevo a minha história.
Outra parte que pouca gente conhece é a Luiza profissional, que não fala palavrão, que tenta entender histórias de outras pessoas, guarda o choro, a opinião, os argumentos. Você pode não acreditar, mas escuto mais que falo.
Ainda me perco quando uma mosca passa durante uma coletiva ou sessão da Câmara não muito movimentada, mas nada que vá matar alguém. Foi por isso que escolhi a jornalismo e não alguma profissão que envolva a área da saúde. Apesar de não saber se o jornalismo está me contentando financeiramente e talvez eu tenha que alçar novos voos.
Tem a Luiza que ama. E quando eu amo, meu caro, fico boba. Falo o nome do ser a cada cinco minutos, desfaço e faço planos, fico com raiva quando não responde minhas mensagens por qualquer canal que seja.
Por conta de desilusões eu já cheguei a prometer que nunca mais amaria, olha que idiotice a minha, como se fosse possível mandar num sentimento tão inexato e incoerente como esse.
Tá, me deixei levar e me ferrei de novo. Tá é um ponto, mas aprendi, não dá para mandar... Me dei tanto, quase me anulei e o que ganhei... um "vamos terminar" por telefone depois de 10 anos. Tá, tá... de verdade, superei o término, mas a parte do telefone ainda me mata. Como pode uma pessoa que dizia amar, que queria passar o resto da vida, as dificuldades e constituir uma família com você fazer isso por telefone. A única vez que isso passou pela minha cabeça sofri dois meses pensando e quando decidi falei olhando no olho e chorando, mas blá!
A Luiza que ama é assim.
Já ouvi falarem que pessoas do signo de gêmeos são difíceis, afinal mudam de opinião constantemente. Admito, mudo de opinião o tempo todo, mas não mudo de opinião sobre amores. Posso ter raiva, duvidar, suspeitar, amar, odiar, suportar, não conseguir ficar sem, não conseguir ficar perto... tudo isso de uma vez. Mas uma vez com o coração conquistado, é pra sempre.
Não consigo me desprender de bons sentimentos. Lembro de momentos felizes com uma paixão da quinta série. Ainda me pego sorrindo ao recordar de alguma lembrança do ex. Fecho os olhos e vejo o festeiro sorrindo, dançando na balada e quebrando meu brinco.
Sou uma maluca, não uma bipolar, mas todo sujeito é autorizado a mudar de opinião constantemente. Tenho várias faces de mim mesma, me chame de maluca, me rotule de baladeira, aquela que não sossega parada numa cidade no final de semana, aquela que não se apaixona, Forest Gump. Faça tudo isso, mas não tente criar um manual para me definir.
Não sou uma linha ou traço, eu sou eu com essa personalidade maluca que nem eu entendo e que pra compreender está sendo difícil.
Tenho o riso e o choro fácil, e para me compreender, me dê espaço! Tiro de mim para alegrar uma pessoa triste. Mas isso, isso é só uma parte de mim... tenho várias outras facetas ;)

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