sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Um telefonema

O dia começou com uma promessa. A de que na hora do almoço uma ligação seria feita. Depois de vários dias de mensagens para lá e para cá, whats app e facebook, a expectativa de ouvir a voz gerou ansiosidade.
Medo chegou a aflorar e questionamentos de que se a promessa não fosse cumprida qual sentimento iria envolve-la. E se ficasse apenas na expectativa do momento. Sentimento quinta série, admitiu para si mesma. Mas por fazer tempo que não sentia algo do tipo por ninguém, se deixou levar
O coração sambou, salpicou, brincou de diversos ritmos dentro do peito quando o celular notificava mensagens, imagina quando se espera um telefona.
Como acontece em dias assim, na espera de um telefonema, até o Papa ousou ligar, assim como o Banco, o amigo, desconhecidos e conhecidos e a manobra de vida muda para despachar logo o ser para liberar logo a linha.
Esperar foi quase um martírio e trouxe a sensação gostosa de viver cada gota de felicidade da vida e surpresa, mas valeu a pena!
Quando ligou, o arroz estava no fogo, a mãe gritava por ajuda e a irmã anunciava onde estava o celular. Foram poucos minutos de conversas triviais, planos e a sensação de que a saudade não era só dela, mas compartilhada.
O dia passou a ficar mais bonito e a memória repetia várias vezes os momentos bons juntos, sem tanta distância.
Depois veio o medo, pois tudo o que sentiu como a saudade compartilhada e a sensação de que os planos não eram só seus fossem coisas apenas dela e de sua cabeça, poucas vezes derá brecha depois que se enganará te levantado sozinha alguns tombos, foi assim que colocou a máscara criticada por uns e desejada por outras de quem não quer nada, apenas danças e sentir o doce saber da juventude que esvai a cada gota de suor gasto em uma dança e a cada palavra trocada com um desconhecido para saber o que pode render um sorriso descomprometido.
Enquanto não sabe-se se é erro ou acerto ela deixar-se martelar pelo sorriso de orelha a orelha provocado por aquele do outro lado da linha, deixa se envolver na felicidade, no prazer de poucas coisas como o som da voz, a leitura de uma mensagem de saudade ou por saber um pouco da rotina.
Um telefonema é quase nada, não dá para sentir pele, tocar as mãos, mas traz a sensação de proximidade e não deixa que o tempo mate algo que ainda a nascer. É um telefonema, mas é uma promessa cumprida, é um desejo e uma vontade.
O futuro ninguém sabe, mas os pequenos prazeres do presente não a assusta, nem causa medo, traz apenas leveza.

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