quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A pirâmide onde todos perdem

Ele a acusou de usar máscaras para se defender e esqueceu que ele mesmo deveria retirar as suas. Foi fraco demais para perceber que tudo o que precisava era outra e não ela. Só percebeu quando perdeu o perdido e agora não sabia mais o que fazer para recupera-lá.
Tinha duas mulheres lindas, cultas e independentes nas mãos, mas não sou avaliar os sentimentos. Magoou uma, que sem saber o deixou magoar a outra. Tipo de coisa abominada por aquela que nada sabia, nesse caso ambas, já que nenhuma sabia de nada.
Tinha dois pássaros nas mãos e acabou sem nenhum!
Não soube parar e pensar o que realmente queria e desejava. São Paulo, Ribeirão Preto, Amapá ou Mato Grosso, Bahia? O que realmente precisava? Oiapoque ao Xui têm tantas opções, de mulheres, amores, medos e dúvidas.
Não soube decidir e acusou o uso do máscaras, dizendo que essa proteção não era necessária quando o escolhido era um homem e não um moleque, lendo engano de quem decidiu cair na lábia matuta.
A mascarada, que nada havia perdido e no final nada havia ganhado, escondeu dentro do coração mais uma mágoa. Nada fizera, nada desejará e o tempo que o esperava nem ao lado olhava. Pobre garota esquecida por quem deveria esquecer.
Seu único mau. Se entregar, não esconder! Sua punição, não entender!
Parar e pensar o que cargas d'água aprontará para como prêmio ter aquela recepção quando meses atrás tudo o que fizera era festa, beijos e estripulias. O posicionamento deveria ser outro pensava, ela faria assim, pois sempre o fez.
Pare e pense, quantas vezes mais retirará a máscara, será que ela ou a outra precisavam viver assim? Quem errou? Quem acertou?
Parou, pensou, refletiu e com o coração doido se entregou ao precipício da felicidade imediata que só quem sentiu o vento passando pelos cabelos durante uma queda podem analisar o que a mascarada decidiu. Um dia, uma companhia e a sensação triste de enxergar uma cara de quem percebeu que não tinha mais nada.
Sem saber entendeu o sinal daqueles olhos, apenas a observação que ele perderá ao mesmo tempo duas paixões, dois amores, duas prosas e de dois carinhos.

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