quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Aquele ou outro

Não, não era um cara bonito. Talvez seria um descartado nas muitas páginas de relacionamento. Mas pessoalmente tinha um jeito envolvente, nada óbvio, beirando o intelectual e o despojado. Sabia as pausas certas e o timbre de voz era quase um convite para deixar-se levar e afogar a face em seu ombro.
Sabia que era assim a forma mais fácil de conquistar, de alinhar.
Do outro lado, não havia beleza também. Mas havia um falar fácil, despojado e nada intelectual.
Mas depois de criticar outra que proferia as futilidades e facilidades de um dia comum, mostrou-se impressionado quando a certa altura conheceu peculiaridades da desenvoltura de temas nada comuns ao sexo oposto.
O embate latente e intelectual durou poucos segundos, afinal, a estafa de assuntos que exigiam cuidado nas palavras foi deixado de lado! Afinal, antes já haviam passado horas discorrendo sobre assuntos estafantes.
E assim aquele ou outro foram aos poucos voltando ao que eram e mais uma vez se esquecendo nas brumas da noite e dissolvendo-se a falsa realidade.

Nenhum comentário: