terça-feira, 29 de abril de 2014

Sai da minha cabeça, faz favor?

Eu fui pensando na brincadeira, afinal sempre é assim! A louca de pedra gosta de brincar de sentimentos e sensações. Percebi que estava surgindo um flerte, confirmado por uma conversa curta: "Meu amigo tem alguma chance com você", seguida de outra resposta curta: "Claro".
O que me atraiu foi a criatividade no papo, um ar intelectual arteiro que convivo muito bem. Meu irmão tem uma aure assim. E pessoas assim são divertidas, me fazem rir, pensar, me estimulam e me levam a sonhar.
Primeiro a ânsia do primeiro beijo, sai de perto da família, puxa no canto, duas ou três palavras que nunca lembrarei e o coração na boca, quase que querendo sair e ir para outro lugar. Talvez se esconder e ficar protegido.
Não sei explicar quando a química bate. Foi aquela sensação de estou me sentido bem, de línguas cruzando caminhos desconhecidos e se descobrindo. Uma explosão de sabores, sentimentos, vontade de quero mais e aquele pedido para Deus que a pressa do relógio desapressasse um pouquinho.
Coisa boba de se pensar durante um beijo com um desconhecido.
Mas a alma acalmou, difícil encontrar alguém que faça o meu tornado interno querer sossegar por um minuto e parar de destruir toda a paisagem em volta.
Mas a noite acabou, com a certeza de um novo beijo no dia seguinte, que emendou-se no mesmo mar de sensações. Primeiro sentindo o terreno, vendo se ainda era propriedade minha e depois deixando-me naufragar no mar de encantos que nem sei listar, mas sei que existem por lá.
Sei, parece coisa de menina. Mas eu sou uma menina. Com a diferença que eu tenho a loucura de tirar tudo da minha cabeça e escrever para ver se eu paro de pensar nisso.
Desde o começo foi tudo tão perfeito, poucas semanas de muita alegria, mas uma distância que parece ser o novo encalço da minha vida. Quais os motivos que os anjos não me deixam ver estrelinhas quando conheço alguém que more mais perto de mim? O que eu preciso aprender tentando conhecer uma pessoa que mora tão tão tão distante que deve morar no reino da  princesa Fiona e seu amado Shrek?
Não sei, a única coisa que sei é que vou morrendo de agonia a cada mensagem que não chega, de alegria a cada mensagem que chega e incertezas a cada tempo que passo.
Queria mesmo é aquela loucura que rege a mente feminina, que nem mesmo eu com cujos amigos dizem ter um certo que de masculino no pensamento consegue mudar. O desejo é só um de ficar perto daqueles cachinhos, dos óculos quadrados e dos olhos caídos até ver o que realmente pode dar. Louca, completamente maluca.
O meu eu masculino fica me gritando em alerta. "O maluca, desencana, volta pra night, volta pro fácil e esquece o difícil", enquanto o feminino grita do outro lado: "Não ouça, pule da ponte, aproveite cada momento, cada sentimento."
Nessa dualidade de pensamentos, fico no meio. Hora sonhando, hora lutando, hora sofrendo, hora querendo, hora desquerendo.
Mas chega uma hora que a única coisa que quero é que saia da minha cabeça, faz favor? No segundo seguinte, me recordo das alegrias tão boas e grito, volteeeeeeee!

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