quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O meu dia sem carro

Meu dia sem carro é quase todo dia! Esse mundo politicamente correto me cansa, nada é politicamente correto.
Na minha opinião _única e exclusivamente só minha_ teria muito prazer em fazer parte do dia sem carro todo dia se transporte coletivo funcionasse, se existissem ciclovias ou ciclofaixas e mais segurança para ir e vir a pé em qualquer horário do dia.
Todo dia de manhã, vamos em família trabalhar. Quatro pessoas em um carro.
Depois volto de ônibus ou de carona, duas pessoas no carro.
Mas porque não usar uma bicicleta ou andar de ônibus todo dia toda hora? Simples... falta de segurança e de paciência para usar o transporte coletivo e preguiça de ser desrespeitada de bicicleta no trânsito.
De ônibus, me sinto uma sardinha, dentro de uma sacolinha de supermercado carregada por uma criança de dois anos.
Já viu uma criança com uma sacolinha? Ela sacoleja para um lado, depois para o outro, joga no chão, faz manha, joga para o pai, para a mãe, pega de novo e sacoleja...
Não dá para ler jornal ou qualquer outra coisa. É melhor parar de ler, pois pode ser que você leia o mesmo parágrafo algumas mesmas vezes.
Aliás... dá sim, enquanto você espera duzentas e sessenta milhões de trilhões de horas esperando o ônibus. Se sou exagerada? Sim, sou, confesso!
Tenta esperar um ônibus que passa de 1h em 1h, depois das 18h, e quando ele quer na Catedral. É isso meu caro, de noche o Bom Pastor, meu ônibus, passa quando quer na hora que quer. Não adianta olhar o horário no site da Transerp.
Enquanto espero, tento abstrair a mente. Afinal, não sou a queridona Bruna, sou má e não vou para o céu.
Bru, se eu fosse dar dinheiro para todo mundo que pede toda hora, ia falir. Hoje, eu contei, meia hora esperando o fofo do bus. Falei não para seis pessoas que pediram dinheiro para qualquer coisa que não prestei atenção (filho, cachaça, droga e sei lá o que) e outras duas com fim definido, pegar ônibus.
Filho não tenho cara de ong! Sério, estou em busca de uma alma caridosa também!
Detalhe, enquanto isso vi aqueles carinhas que vende vale transporte gritando com três meninas que não compraram com eles, mas com os motoristas e quase mandei um ir dar umas voltinhas quando gritou "dentro da minha cabeça" MOÇAAAAAAAA QUER PASSSSSEEEEEEEEEEEE É DOIS REAUU! (Pensei: Não moço, passe só no centro espírita e quero ouvir amanhã! Respondi: Tenho o cartão da Transerp, isso que você está fazendo é proibido... _um dia vou morrer respondendo isso)
Voltando
Depois entro no ônibus, converso com o motorista que é show de bola, que tem aquela cara de cançado e quer um resumo de tudo (rs). Ele acha que eu sei de tudo. Sento e me sinto A sardinha. Ônibus vazio sacoleja mais, né Arnaldo!

Bom! A Luiza está reclamando de boca cheia? Claro que está.
Ela poderia ir e voltar de bicicleta!
Poderia amor, mas quem tem coragem de andar de bike de noite? Nem Deus! Se fosse Deusa menos ainda!
Muita gente doida no mundo! Estou ficando piscótica, como diz meu brother.

Se de bicicleta não dá, nem vou dar argumentos para a terceira opção #A Pé!

Anywhay!
O dia sem carro realmente vai fazer parte da cultura de massa, assim que o carro deixar de ser um bem mais que necessário. Para isso, vamos precisar de muita mudança e disposição.

Ônibus tem que funcionar e ciclovia tem que existir não só de final de semana!

Hoje, a gente esquece de tudo e volta para FELIZ DIA COM CARRO PARA VOCÊ TAMBÉM

3 comentários:

Renato disse...

Cara Luiza,

Não se desespere, em gestões antigas realmente não se via nada mais que planejamentos e ideias que não saiam do papel, entretanto, com a gestão de Walter Feldman, esse cenário está em constante mudança, foi implantada a Ciclofaixa de lazer que incentivou a criação da Ciclovia na Marginal Pinheiros.

É preciso paciência, pois realmente as coisas não aparecem de uma hora para outra, porém, para esse processo se acelerar, é necessário se manter a continuidade desse trabalho.

http://www.walterfeldman.com.br/materia/artigo/83/Ciclofaixa.html

http://bit.ly/aOJzBZ

Maria Fernanda Ribeiro disse...

Luiza, mas você ia trabalhar de bicicleta não ia? Eu lembrei disso esses dias... se não me engano, uma vez você me contou essa história. Deve ter sido no aniversário da Rafa e o único dia que nos encontramos...rs!

Anônimo disse...

Luiza...
CanSado, com S querida...

Por favor, não me envergonhe!!!